O setor de comunicação tem passado por constantes mudanças para acompanhar as inovações tecnológicas e as novas demandas do mercado. Por isso, os profissionais precisam investir para se manter relevantes e atualizados, em um mundo conectado e cada vez mais exigente e fragmentado. Além de informar de maneira clara, eficiente e empática, um dos grandes desafios, é entregar a mesma mensagem em diferentes plataformas, gerando conexões verdadeiras com as pessoas.
Para a Head de Pessoas e Cultura do Grupo GRPCOM, Pamela Marin, existe uma gama de fatores que contribuem para ser um comunicador eficiente em um mundo em constante transformação, mas é fundamental alguém que olhe o produto de forma completa, ou seja, que esteja envolvido em todas as etapas da criação, e que tenha vontade de aprender e estar se atualizando constantemente.
“Hoje, além de toda a destreza com a fala e com a comunicação assertiva, o comunicador precisa entender com quem ele está conversando, olhar de uma forma técnica para o público e endereçar a mensagem de maneira efetiva. É preciso ter um olhar multiplataforma, para encaixar a sua linguagem para esses diferentes públicos que estão em diversas plataformas. A constante reciclagem também é importante”.
Inteligência emocional, flexibilidade, agilidade e curiosidade também impactam de forma positiva para se tornar um comunicador mais completo e conectado com a realidade. “É necessário ter jogo de cintura e muita criatividade para lidar com as oportunidades que ele terá quando estiver no ar, para modelar o produto e para se adaptar aos desafios que aparecerão ao longo da carreira”, diz.
Para a head, algumas características são fundamentais na hora da contratação, como ter um olhar estratégico, captar as oportunidades e ser capaz de transformá-las em soluções. “Também procuramos pessoas criativas, mas capazes de colocar as ideias em prática, um profissional colaborativo, aberto às mudanças e aos feedbacks. Essas são habilidades importantíssimas para um profissional que trabalhe com o nosso grupo”, afirma.
Além disso, é sempre importante lembrar que o cuidado com a imagem fora da empresa é um fator relevante e que merece atenção. “O cuidado com a maneira de expor a sua imagem, de se comunicar nas plataformas de redes sociais, de construir relações diárias. Eu diria que o profissional precisa pensar que ele é mais completo do que só aquele momento que está no ar, e isso conta muito na trajetória profissional”.
Personalidade é a alma do bom comunicador
De acordo com o Head Corporativo de Rádios do Grupo RIC, Djonatas Eduardo Vieira Terribas, a personalidade é algo essencial para um bom comunicador, principalmente, para gerar aproximação com o público.
“O comunicador precisa ter uma personalidade única, capaz de se conectar com os ouvintes, afinal, pessoas se conectam com pessoas. Por isso, hoje um dos últimos atributos que escolhemos é a voz. Além disso, é fundamental que o locutor seja praticamente um influenciador digital. Uma das coisas que a gente mais busca é essa versatilidade – rádio e redes sociais”.
No entanto, cada produto oferecido pelas rádios do grupo, requer uma personalidade que se encaixe com determinada proposta, destaca o head. “No horário da tarde na Jovem Pan, por exemplo, precisamos de alguém mais divertido e engraçado, já no período noturno optamos por uma pessoa com mais energia e extrovertida, porque a programação nesse horário é mais alegre e abrangente”.
Outro fator relevante para Terribas é a capacidade de aprendizagem, devido às transformações atuais da comunicação. “Ser versátil e ter uma boa capacidade de aprendizagem é fundamental. Além disso, ser uma pessoa pontual é essencial, já que o rádio é um veículo que faz parte da rotina dos ouvintes, e uma pessoa que não cumpre horários não é viável”.
Fonte: AERP