Números atualizados continuam apontando que o futuro (e presente) do rádio passa pela integração com as novas tecnologias, onde as estações podem obter novas vantagens conforme o hábito dos ouvintes muda. E nos carros não é diferente: há um avanço significativo nas opções de mídia e interação tecnológica para motoristas e passageiros. A experiência do usuário fica no centro de qualquer inovação. Porém algo não parece mudar: a hegemonia do rádio nos veículos. E isso gera mais oportunidades.
São dois pontos principais na evolução tecnológica nos automóveis: as centrais de infoentretenimento avançam e os carros estão cada vez mais inteligentes. Os usuários desejam por isso, ansiosos por transformarem essas centrais em extensões de seus celulares, aproveitando de qualquer conectividade oferecida pelo sistema padrão da montadora ou via Android Auto / Apple CarPlay. Novos hábitos são adicionados entre motoristas e passageiros, mas a audição de rádio segue predominante: para quem escuta áudio no carro diariamente, 87% do nosso tempo é gasto com rádio FM/AM (Share of Ear / Edison Research)
Uma reportagem produzida pela Audacy (segundo maior grupo de rádios dos Estado Unidos) e repercutida pelo portal Inside Radio, destaca que o momento atual é bem diferente daquele observado nas décadas passadas. “Estamos muito longe dos dias em que a experiência de áudio no carro significava simplesmente aumentar o volume”, disse o diretor sênior do Audacy Insights, Reggie Shah.
“Toda a experiência sonora do carro agora é uma prioridade. Os motoristas desfrutam não apenas da música, mas de uma experiência de direção mais ampla. Com smartphones e painéis inteligentes, há mais opções do que nunca para personalizar o que ouvimos quando estamos na estrada”, destaca o executivo.
Pensando em manter a sua hegemonia e aproveitar todas as novidades tecnológicas nos automóveis, as emissoras de rádio podem e devem explorar todas essas novas possibilidades, conforme já destacado aqui no tudoradio.com. Isso cria novos negócios, amplia a interação com o ouvinte e torna o rádio ainda mais interessante para quem está no carro, dando a sensação de modernidade do veículo (que é uma justiça, pois o rádio tem essa capacidade de adaptação).
“Algumas marcas estão começando a adotar a interação de voz no anúncio, pedindo aos consumidores que digam ‘sim’ se quiserem mais informações, orientações ou um desconto”, diz Shah, que completa dizendo “a inovação no espaço de comércio [também] abre oportunidades para os motoristas comprarem seu café, pagarem pela gasolina e qualquer outra coisa que você possa imaginar no painel do carro – tornando a publicidade no carro ainda mais valiosa e acionável”.
E o rádio pode já explorar esses ambientes, mas passa por adaptações com o uso de dados, possível através do modelo híbrido de atuação. “Melhorias aparentemente simples, como sincronizar comerciais de rádio com a marca visual, ajudam muito a melhorar a experiência do ouvinte e o conhecimento da marca”, afirma Shah. Em sua análise, o executivo observou que, em testes recentes, o conhecimento da marca sem ajuda saltou 22 pontos quando os anúncios foram acoplados a elementos visuais no painel do veículo.
Na ainda ausência desse tipo de integração entre o on e o offline, como o rádio híbrido e o uso via streaming (através de aplicações interativas em sistemas como no CarPlay e Android Auto), as emissoras já podem recorrer ao RDS (Radio Data System) para incrementar o envio de mensagens e oferecer mais serviço através das centrais multimídia dos veículos, essas que estão cada vez mais com telas maiores e mais modernas. O tudoradio.com já repercutiu essa possibilidade recentemente, fato que é citado novamente pela reportagem do Inside Radio e agora na análise da Audacy. A NAB também costuma fazer esse apelo.
Com informações da Audacy e do portal Inside Radio
Fonte: Tudorádio