Apesar do surgimento de novas alternativas de lazer e comunicação, o rádio continua como o meio de difusão de massa mais rápido e abrangente, a verdadeira reserva estratégica nacional. A política de distribuição dos canais adotada no Brasil fará desaparecer o tradicional rádio de AM, mas fortalecerá o de FM. A maioria dos aparelhos hoje disponíveis no mercado não traz mais a faixa de AM; em compensação, o FM hoje está presente em 97% dos telefones celulares produzidos no mundo. No Brasil, no entanto, mesmo com o recurso dentro do aparelho, apenas 34% deles saem de fábrica habilitados para sintonizar o rádio diretamente e sem custo de pacote de internet. As entidades representativas do rádio se movimentam para exigir que todos os aparelhos tragam a sintonia aberta e há, em tramitação na Câmara, projeto de autoria do deputado Sandro Alex (PSD-PR), que pretende tornar a medida obrigatória.
A ideia é, além da razão puramente econômica – pois habilitar o chip de rádio não tem custo adicional – disponibilizar o rádio gratuitamente a todos os usuários de celulares, levando em consideração que a radiodifusão é um serviço de utilidade pública. Com a sintonia aberta, o dono do aparelho não precisa ter crédito e nem mesmo conta telefônica ativa para poder ouvir as emissoras de rádio de sua região. No México já está em vigor lei semelhante à que se pretende implantar aqui e nos Estados Unidos há movimento no mesmo sentido. A medida conta com o apoio da União Internacional de Telecomunicações (UIT)