Uma série de dados compilados pela Signal Hill Insights em junho mostram o atual momento do rádio canadense quando o assunto é consumo. E talvez o número mais interessante dos insights destacados pela publicação é o alcance semanal do rádio, que chega a 96% da população canadense com 12 anos ou mais. Outros dados relevantes também merecem destaque: o rádio corresponde por 59% do total do consumo de áudio em automóveis, 39% da partilha de todos os formatos de áudios consumidos no Canadá e o maior valor de confiança entre a população local, se considerada outras plataformas de mídia. Acompanhe os destaques:
Sobre o alcance semanal de 96% do rádio entre a população canadense, o número chama a atenção não só por ser elevado, mas também pela regularidade do veículo se comparado aos dados registrados ao longo da crise causada pela pandemia da covid-19, esta que afetou de forma significativa a rotina das pessoas. Para se ter uma ideia, antes do novo coronavírus, o alcance semanal do rádio estava em 97% (março/2020), mas logo caiu para 84% em abril de 2020.
O rádio canadense voltou a superar a marca de 90% a partir de junho de 2020, quando foi encerrada a primeira fase de fechamentos causados pela covid-19. E desde fevereiro de 2021 não registrou mais oscilações abaixo dos 90% de alcance semanal, se fixando em 96% a partir de março deste ano. Os dados foram coletados pelo Relatório de Compartilhamento de Áudio de 2022 da Radio Connect, tendo como base medições PPM (Portable People Meter System).
Já de acordo com a pesquisa Share of Ear 2022, da Edison Research, o rádio responde por 39% da audição de áudio canadense, seguido pelo YouTube Music (14%), streaming de música sem anúncios (13%) e a propriedade de músicas, como CDs ou mp3s (10%). Isso é referente a todo o universo de consumo de áudio no mercado canadense.
No carro, o AM/FM continua a dominar segundo a pesquisa Share of Ear 2022, representando 59% do tempo de audição, entre os maiores de 18 anos. Já 15% do tempo dos canadenses no carro é gasto com a propriedade de música (CDs ou mp3s), seguido por SiriusXM (10%) e streaming de música sem anúncios (8%).
Também chama a atenção a parcela da população pesquisada que consomem serviços de streaming de música e afirmam ouvir rádio regularmente. Dentro desse universo, 78% dos entrevistados afirmam que é comum ouvir rádio em um dia típico de semana.
Outro ponto interessante é sobre a credibilidade do rádio no Canadá. O meio aparece com a menor parcela de alguma ou total desconfiança por parte do público, isso em um universo de pesquisa que contempla outros formatos de entrega de conteúdo, como podcasts (segundo mais confiável), TV, jornais, vídeos on-line, serviços de streaming de música, entre outros. No caso do rádio, 34% dos canadenses acham o meio confiável e 10% afirmam que o veículo é extremamente confiável. Veja detalhes no quadro logo abaixo:
Ainda sobre confiança do veículo, um ponto importante para a publicidade é que a credibilidade do rádio acaba impactando nas campanhas dos anunciantes. Em resumo: o meio tem a menor taxa de rejeição de sua publicidade, com 43%. Já formatos on-line registraram marcas que superam 55% de rejeição dos anúncios pelo público, com alguns (como vídeos online) com taxas de 69%.
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Fonte: Tudo Rádio.