São Paulo – Entre os destaques, está a canalização do FMe e o uso do chamado segundo adjacente
O SET EXPO 2018, que está sendo realizado no Expo Center Norte, na capital paulista, teve na manhã desta quarta-feira (29) o Dia do Rádio. Especialistas ministraram painéis sobre o meio e o destaque do primeiro do dia foi a migração AM-FM. Entre os assuntos abordados, estiveram o uso do chamado segundo adjacente e a canalização do FMe.
André Cintra (Diretor de Rádios da ABERT) atualizou o panorama sobre a migração AM-FM). Cintra falou sobre o uso do segundo adjacente (por exemplo: o adjacente de 107.1 FM é 107.5 FM). Essa proximidade de dial no mesmo local possibilitou que Belém (PA) tenha a migração na faixa convencional. Irá pra consulta pública.
Cintra destacou ainda que o governo federal deve liberar mais cidades para a realização de audiência pública para aprovação de canais FM para migração. Segundo ele, várias cidades que antes estavam previstas para ter suas rádios no FMe, poderão migrar para o dial convencional. Uma exceção, segundo André Cintra, é Blumenau, que poderá ter apenas uma rádio migrando para o dial convencional e as demais para o FMe, por uma questão local e que depende de acordo entre as rádios.
Na sequência, Thiago Aguiar Soares (representante da Anatel, que ministrou a palestra “Revisão da Norma Técnica) apresentou informações sobre a revisão e atualização da norma técnica, como o uso do segundo adjacente para a maior acomodação dos canais no FM normal. A agência informou que está realizando estudos para evitar interferências entre os canais (novos e já existentes).
Na palestra da Anatel, eles também mostraram o número de canais para o FM comercial e educativo com a extensão da faixa, considerando também os espaços de Radcom. Os canais 5 e 6 são aqueles da TV analógica que ainda ficarão ativos no interior devido o desligamento que será até 2023. Por isso eles serão desconsiderados nessa primeira canalização do FMe.
O engenheiro José Mauro de Ávila (Mega Sistema, AESP/SET, que ministrou a palestra “Impactos na Transmissão e Recepção”) falou sobre possíveis interferências nos usos de segundo adjacentes. Ávila afirmou que é possível atenuar ou eliminar as interferências em outros canais com o uso de filtros e outros recursos nas unidades de transmissão.
Para o engenheiro, o maior empecilho será os custos para a implantação dos filtros, que será de responsabilidade das próprias emissoras. Ele frisou ainda que, apesar disso, é importante que as rádios considerem a questão da implantação do filtro para a implantação do segundo adjacente e a liberação de mais canais para o dial FM. José Mauro mostrou a instalação de filtros na prática, usando o caso de Ribeirão Preto como exemplo.
Fonte: Tudo Rádio – Colaboração Daniel Starck.