Durante evento promovido pelo SET eXPerience TRACKS sobre o uso da faixa estendida de FM (eFM), no último dia 7, a especialista em regulação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Vanessa Monteiro, apresentou os números atuais do processo de migração das rádios AM para FM.
“Até o momento, recebemos 1656 pedidos de migração, sendo que 1539 canais já foram migrados para FM, 1403 na faixa convencional e 136 na faixa estendida. Para atender a essa demanda, houve necessidade de alterar o regulamento técnico e uma das medidas foi a resolução 721/2020 da Anatel que criou a faixa de FM de 76 até 108 MHz”, destacou.
O diretor de Departamento de Outorga e Pós-outorga do Ministério das Comunicações (Mcom), William Zambelli, destacou as diferenças de atuação do Mcom e da Anatel. “Basicamente, enquanto a Anatel faz a administração do espectro e fiscalização técnica, o Ministério cuida das políticas públicas e faz as outorgas”, afirmou.
Na segunda parte do evento, os radiodifusores Marcello Cesário (Rádio Capital) e José Maria Martins (TV Cultura) contaram como foi a realização do processo de migração nas empresas em que trabalham e o impacto na audiência e conteúdo.
De acordo com Cesário, é preciso ser mais atuante no processo de migração e consolidação da faixa. “O radiodifusor tem o microfone na mão, tem a audiência na mão e tem que catequizar o ouvinte e o mercado anunciante de que o FM é 2.0.”
Já o radiodifusor José Maria Martins falou sobre as avaliações de campo feitas na emissora, utilizando veículo com rádio original na banda estendida. “O desempenho é muito bom dentro de um contorno médio de até 35 Km. Dentro da cidade de São Paulo, observamos algumas obstruções de solo, como túneis, que acabam cortando o sinal”, concluiu Martins.
A moderação dos painéis ficou a cargo do Conselheiro da SET, Eduardo Cappia. “Não se fala mais em FM estendido, agora é a versão 2.0. Uma ideia abrangente, pois o FM hoje é 76 MHz até 108 MHz”, afirmou.
Com informações da SET