Escrito por Fernando Meira Dias
Durante audiência pública na Comissão de Transparência do Senado, o secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten, apresentou, nesta terça-feira (28), o panorama da comunicação pública e da distribuição de verbas publicitárias do governo.
De acordo com Wajngarten, a SECOM/PR deve trabalhar em três pilares para fortalecer a informação e unificar a comunicação. “Ter uma comunicação direta com o cidadão, saber se comunicar com eficiência, usando todos os meios de comunicação, não somente digital, e usar a comunicação integrada com as ferramentas tecnológicas” foram os caminhos apontados por Wajngarten.
O secretário ressaltou ainda que o orçamento da SECOM para este ano é de R$ 108 mi, um terço do previsto em 2017, e por isso “é preciso investir com responsabilidade e razoabilidade”. De acordo com Wajngarten, de janeiro a abril deste ano, a secretaria investiu 60,41% em televisão; 14,35% na internet; 8,93% em mídia no exterior; e 6,42% no rádio.
“A SECOM vem cumprindo a regra da distribuição, mas acredito que devemos priorizar alguns critérios técnicos. Usar somente a regra audiência e investimento é um modelo nocivo à comunicação. Sem adotar qualquer viés ideológico, mas é preciso entender que, quanto mais for concentrada a verba, menos sobrará para outros veículos”, disse.
Desde o início do governo, a maior campanha publicitária foi voltada à nova Previdência, com R$ 37 milhões distribuídos entre 11 veículos de internet, 47 de mídia exterior, 73 de mídia exterior digital, 1.771 rádios, 8 revistas e 359 emissoras de TV, somando 2.269 veículos.
Por fim, o secretário defendeu que o governo deve investir em mídia regional sob pena de o Brasil se tornar um país de uma única voz. “Nós vamos promover a mídia regional para que tenhamos multi microfones. A comunicação tem que ser plural e passa pelos veículos de comunicação de todas as regiões. Quando investimos em comunicação, estamos levando informação de qualidade ao cidadão e minimizando a proliferação de fake news”, disse ele.
Fonte: Abert