Evento realizado em Brasília, nesta quinta-feira (21), contou com a participação de mais de 600 representantes das emissoras de rádio e TV de todo o país
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Astronauta Marcos Pontes, afirmou que o 1º Fórum Nacional de Radiodifusão é uma oportunidade inédita de ouvir as pessoas que estão à frente das comunicações no Brasil e encontrar as melhores soluções para o setor. “Precisamos ouvir os comunicadores. A radiodifusão é importante para levar informação, conhecimento e também entretenimento para as pessoas”, destacou o ministro, durante a cerimônia de abertura do Fórum, nesta quinta-feira (21), no auditório lotado da Universidade dos Correios, em Brasília.
Para uma plateia de mais de 600 participantes, representando as emissoras de rádio e televisão de todo o país, Marcos Pontes reforçou que o evento é a primeira conversa direta do ministério com o setor de radiodifusão. Segundo ele, o MCTIC é uma ferramenta para o desenvolvimento do país e precisa ouvir o setor para elaborar políticas públicas. “Muitas vezes temos soluções diferentes para o mesmo problema. Em vez de usar as diferenças para separar as pessoas, podemos usar as diferenças para encontrar as melhores soluções,” afirma.
Na abertura do Fórum, o secretário de Radiodifusão do MCTIC, Elifas Gurgel, explicou que a prioridade é dar mais agilidade aos processos dos radiodifusores que tramitam no ministério, com ênfase na transparência. Ele anunciou que o MCTIC deverá passar a utilizar também o Mosaico, uma plataforma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que oferece diversos serviços aos radiodifusores.
“Queremos dar transparência, agilidade aos processos e desburocratizar o setor”, afirma Gurgel, bem satisfeito com a adesão dos comunicadores de todas as regiões do país.
Prioridades
O primeiro painel do Fórum de Radiodifusão abordou “O presente e o futuro da radiodifusão comercial brasileira”. O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Paulo Tonet, apontou como prioridades para o setor a continuidade do processo de implantação da TV digital e da migração das rádios AMs para a faixa de FM. O presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Márcio Novaes, destacou a força do rádio e da TV ao longo da história e disse que o setor “está empenhado em continuar trabalhando em uma rede que cubra todo o território nacional.”
A primeira etapa de transição do sinal analógico para o digital na TV aberta já chegou a 1.379 cidades brasileiras e beneficia mais de 130 milhões de pessoas. O processo vai ter continuidade e deverá ser concluído em todo o país até 2023. Em relação à mudança da faixa AM para o FM, 1.338 emissoras pediram ao ministério para fazer a migração e 623 rádios já estão aptas para concluir o processo.
Futuro do Rádio e TV
As tecnologias do futuro e os novos hábitos dos consumidores também foram destaques nas palestras do evento. O presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), Roberto Franco, mostrou dados que indicam o crescimento da audiência e do tempo de exposição à televisão no Brasil nos últimos anos. Segundo ele, o público das novas gerações utiliza várias mídias ao mesmo tempo, combinando rádio, tv e internet.
O diretor da Rede Jovem Pan, Paulo Machado de Carvalho Neto, lembrou que o rádio se mantém como um meio de grande relevância no país e alcança todas as classes sociais e faixas etárias. De acordo com ele, 18% dos usuários ouvem rádio pelo celular, que é um desafio das emissoras. Paulo Machado reforçou uma das principais reivindicações dos radiodifusores, que é a instalação ou ativação do chip FM nos aparelhos celulares, o que possibilita receber sinais de rádio sem consumir o plano de dados dos usuários.
Sobre o futuro, José Marcelo do Amaral, do Fórum SBTVD, explicou que em 2018 foi concluída a padronização de um novo perfil de interatividade, o DTV Play, que vai permitir o desenvolvimento de novos serviços convergentes entre a radiodifusão e a internet.
Fonte: MCTIC