São Paulo – O número é impulsionado pelas plataformas de streaming de música. Outras receitas, como anúncios, devem evoluir conforme a mídia programática em áudio cresça
Um levantamento divulgado pela eMarketer em dezembro passado aponta que o faturamento de áudio digital vem diretamente de assinaturas pagas, panorama este impulsionado pelos serviços de streaming de áudio. Porém, a diferença entre a divisão das receitas entre assinaturas e anúncios (com destaque para a programática) está diminuindo. A expectativa, conforme já abordado pelo tudoradio.com em 2021, é de que o áudio evolua na publicidade digital, algo que pode beneficiar diretamente as emissoras de rádio.
Hoje, 63,8% de toda a receita de áudio digital vem de assinaturas pagas, contra apenas 36,2% de anúncios / publicidade. Os dados são de 2021 e a eMarketer faz uma projeção até 2025, quando 62,1% das receitas serão de assinaturas e 37,9% para anúncios e outros formatos de receita. A maior distância entre essas duas fontes será observada neste ano de 2022, com 63,9% para assinaturas, contra 36,1% para a publicidade.
Importante gerador de conteúdo de áudio digital, seja pelo streaming de áudio das emissoras AM/FM ou pela produção de podcasts, o rádio é quem auxilia o maior volume de receitas provenientes de anúncios, ou seja, por distribuir conteúdos de forma gratuita para o seu público. Dessa forma, a receita de iniciativas digitais do rádio fica na dependência da evolução da publicidade no áudio, esta que sofreu com turbulências durante o período mais agudo da pandemia da covid-19.
O problema imediato para o rádio, existe o fato de que seu público não está disposto a pagar pelo conteúdo de áudio gerado, inclusive no digital, conforme já mostrou o tudoradio.com anteriormente, em levantamento divulgado pela Nielsen, em 2020.
Porém há uma vantagem: o rádio é o maior “carregador de anúncios em áudio” entre todas as plataformas, seja nos mundos on e offline. E com o crescimento de seus conteúdos no digital, a tendência é de um avanço mais significativo na receita originada em anúncios via streaming, conforme já apontam empresas do setor. O crescimento da mídia programática em áudio digital deve auxiliar diretamente nesse cenário.
Novamente sobre o levantamento da eMarketer, a pesquisa incluiu receitas de publicidade de áudio digital em rádio AM / FM digital, rádio de Internet pureplay, rádio por satélite e serviços de streaming como Pandora e Spotify, que são parcialmente financiados por publicidade em áudio. “Conforme a receita de assinaturas aumentou entre 2018 e 2021 como uma parcela das receitas de áudio totais, os gastos com anúncios digitais diminuíram”, de acordo com a eMarketer.
Fonte: Tudo Rádio