O tudoradio.com segue monitorando a atual situação do meio rádio em diferentes mercados internacionais. E as notícias seguem positivas: na França, onde a escuta de rádio ainda é predominante em FM analógico, as principais emissoras no país apresentaram avanços de audiência digital na reta final de 2021. Já na Suíça, onde as escutas ocorrem de forma digital, o rádio alcança 77% da população local em apenas 1 dia. Os dados foram repercutidos pela imprensa especializada na Europa. Acompanhe:
A Suíça é um dos países com a digitalização do rádio em estágio muito avançado, ou seja, o mercado local já encaminha a operação de forma exclusiva para o modo digital (streaming e transmissão via ondas terrestres, em DAB). E por lá os números do meio são impressionantes: No segundo semestre de 2021, num dia médio, a transmissão de rádio atingiu 77% da população local, segundo levantamento da Mediapulse Foundation. Para efeitos comparativos, a TV suíça tem um alcance diário de 61% da população local.
No recorte relacionado à divisão do país por línguas, a Suíça que fala alemão é aquela que passa mais tempo ouvindo rádio: 89 minutos por dia. Já a parte do país que fala italiano tem uma média diária de escutas de 86 minutos, enquanto a parcela francesa fica com 69 minutos. Mas o alcance diário entre aqueles que falam italiano é superior, chegando a 81%, contra 77% dos falantes da língua alemã e 74% para aqueles que falam francês.
A Suíça é um país que tem chamado a atenção da indústria de rádio mundial, por ter indicado que encaminha a digitalização completa do meio para este ano de 2022. Conforme noticiado no ano passado pelo tudoradio.com, de acordo com a Sociedade Suíça de Radiodifusão (SRG), o desligamento do FM analógico no país vai começar pelas rádios públicas, que farão a transição para o FM digital a partir de 2022. As rádios privadas também seguirão para o padrão digital DAB+ e deixarão de transmitir no FM analógico até janeiro de 2023.
Importante salientar que a digitalização do rádio não resulta no encerramento da transmissão de rádio via ondas terrestres, mas sim do FM analógico.
E na França…
Mais números expressivos para o rádio na França, outro importante mercado de rádio na Europa, este dominado por grandes redes nacionais, presentes em praticamente todos os dials FMs franceses. Diferente da vizinha Suíça, a audiência francesa segue muito concentrada no FM tradicional, mas vê uma parcela de crescimento daqueles que buscam acompanhar as emissoras por canais digitais, como DAB + e também o streaming de áudio.
Segundo um levantamento local, em 2021, 1,9 bilhão de escutas ativas foram feitas nas 1.400 rádios e webrádios certificadas pela ACPM na França, ou seja, um aumento de 2% no volume de escutas em relação a 2020 e mais de 15% em relação a 2019. Em resumo: a transmissão de rádio digital agora representa mais de 5 milhões de ouvintes ativos na França todos os dias.
Marcas tradicionais e de ampla penetração no território francês continuam dominando a audiência local, são elas: France Inter, RMC, France Info, NRJ e FIP. Marcas conhecidas como Nostalgie, Skyrock e Cherie FM também estão bem posicionadas. Em relação aos grupos e marcas, das 15 primeiras colocadas, apenas duas não apresentaram crescimento, apresentando estabilidades em suas audiências digitais. Os dados são da ACPM.
Já os dados da Médiamétrie, relacionados à todas as escutas de rádio, com destaque para o analógico, aponta que o meio atingiu 74,5% da população local entre os meses de novembro e dezembro de 2021, contra 74,2% do mesmo período em 2020 (dados de segunda à sexta-feira, 05h-24h, população com 13 anos ou mais). O tempo médio de escuta por lá é de 2h42 (por ouvinte). No total o rádio chega a 40.8 milhões de pessoas na França.
Qual a razão de olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Fonte: Tudo Rádio.