Nesta quara-feira, 19, ocorreu no no IBC 2018 um interessante painel sobre o Rádio Digital DAB no mundo. A evolução do sistema já atinge dezenas de países, entre eles a Noruega e Austrália.
Várias opções foram apresentadas, desde o desligamento completo do FM analógico, passando pelo desligamento escalonado, como na Espanha e também sobre a convivência dele com o AM e FM tradicional, na Itália.
Joan Warner, CEO da Commercial Radio Australia, em nome do presidente do consórcio WorldDAB – Patrick Hannon, apresentou o panorama atual da implantação, crescimento de quase 30% nos últimos 2 anos em número de público, e apontou os objetivos futuros até 2020, que são a injeção de 48 programas diferentes de áudio a cada 2,0 MHz de Banda.
Neste cenário em particular, no Brasil também reside a diferenciação devido à dificuldade do uso dos 174 MHz (portadora inicial do DAB convencional), que estão sendo autorizados para canais de TV Digital no VHF alto.
O modelo de negócio e a sua viabilidade continuam sendo entraves para a implantação desta alternativa.
A Banda estendida do FM – eFM – 76 a 88 MHz – também poderia acomodar uma portadora pública nacional de DAB, seria uma outra saída.
Vivemos mundos diferentes, mas a preservação do conteúdo rádio é o objetivo comum muito debatido neste IBC 2018.
Escrito por Eduardo Cappia – Diretor de Rádio da SET, direto do IBC, em Amsterdã.
Fonte: SET