A convergência tecnológica em favor da radiodifusão foi tema abordado pelo presidente e CEO da National Association of Broadcasters (NAB), Gordon Smith, durante apresentação no 28º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, nesta quarta-feira, 22. Segundo o executivo, é fundamental que o setor de radiodifusão acredite no ambiente virtual, para capitalizar um novo modelo de negócios.
“Nós somos a fonte mais confiável de notícias. Nosso caminho é mais conectado e mais integrado do que nunca”, ressaltou o presidente da NAB. “Temos que entregar nosso conteúdo do jeito que os consumidores querem no futuro. É importante que nós sempre lembremos que o principal propósito da radiodifusão é que servir comunidades locais, ajudando em desastres naturais. Tudo entregue de forma gratuita”, afirmou.
5G
No que se refere à relação da radiodifusão com a Internet, especialmente com ampliação da capacidade e velocidade com a chegada do 5G, Smith destacou que os nos Estados Unidos o radiodifusores enxergam a nova geração como uma oportunidade. O argumento é que “a próxima geração de TV americana será suportada pelo 5G e a evolução da Internet”.
O americano Jerald Fritz vice-presidente executivo de Assuntos Legais e Estratégicos da ONE Media 3.0, reforçou a tese ao chamar a atenção do público para a utilização de novas tecnologias no dia a dia das emissoras de rádio e TV. “Os radiodifusores precisam acordar e investir em novas tecnologias. Isso significa novas forma de ganhar dinheiro. Nunca, em 50 anos de atividade, vi nada perto da capacidade dessas novas tecnologias. O público jovem está consumindo mídia em seus celulares o tempo todo. Se os radiodifusores não abraçarem essas novas plataformas mobile, vamos perder essa nova geração no futuro”, ressaltou Fritz.
Padrão novo e IoT
Em sua apresentação, Jerald Fritz mostrou as oportunidades disponíveis para as TVs com o surgimento do padrão tecnológico ATSC 3.0, que hoje está em teste nos Estados Unidos com a participação de emissoras brasileiras. O padrão é uma nova geração da TV, que deve entrar em operação comercial nos Estados Unidos até o ano 2020. A transmissão continua do mesmo formato, mas o padrão suporta múltiplas plataformas trabalhando simultaneamente, o que gera novas oportunidades de negócios e serviços.
“Podemos ter diferentes publicidades e serviços ao mesmo tempo para diferentes audiências. Ainda é possível ter dados e informações em tempo real, integrando plataformas mobile e fixas e de forma gratuita”, afirmou Fritz. O executivo afirmou, ainda, que os recursos da plataforma permitem um zoneamento geográfico único de programação, publicidade direcionada e serviços de dados, proporcionando a oferta de novos produtos, como aplicações em Internet das Coisas (IoT) e informações de emergência aprimoradas.
O executivo lembrou que no Brasil, o padrão adotado é o ISDB-T. No entanto comentou que a nova geração de TV americana pode ser adaptável em qualquer país.
Fonte: TelaViva