Estar presente em uma plataforma, não quer dizer que você realmente está fazendo um bom trabalho. É preciso criar conteúdos de qualidade tanto para o dial quanto para podcast, site e plataformas de redes sociais. Quando estamos falando de podcast e rádio, estamos falando da mesma coisa: áudio. Mas é preciso utilizar esses ambientes de maneira criativa e que converse com a proposta de cada espaço, inclusive, utilizando conteúdos de maneira complementar.
“Pode haver uma conversa entre as duas ferramentas. As rádios podem fazer com que isso fique mais interessante, não é todo o assunto que você vai colocar em um podcast, isso exige que o formato seja diferente, o que não faz com que o rádio não precise estar lá, muito pelo contrário, o podcast ajuda a movimentar o mercado rádio, porque estamos falando de áudio e vivemos hoje a Era do áudio”, explica o Imaging Producer, Gleyson Lage.
Segundo ele, as emissoras no Brasil têm dificuldade de produzir conteúdo de qualidade para podcast. Contudo, as rádios podem melhorar esses produtos, e aproveitar esses ambientes para criar conteúdos criativos e que gerem renda, ao invés de rivalizar os espaços.
“Criar conteúdos exclusivos que vão estar presentes no site da rádio, chamar no ar para esses conteúdos, ou pincelar esses temas para o formato rádio de maneira mais superficial, para posteriormente aprofundar um pouco mais nos podcasts da rádio. Essa é uma forma de complementar os conteúdos nas diversas plataformas. Também vale criar materiais mais densos para os podcasts, e colocar ao vivo uma pequena entrevista na rádio falando e chamando para a conversa”, explica Lage.
O diretor do tudoradio.com, Daniel Starck, acrescenta que é essencial ter em mente que a atuação on-line de uma emissora não compete com o dial, mas sim, amplia o consumo de uma estação nas duas formas de entrega. Ele explica que as cartilhas básicas de boas práticas para o rádio seguem no digital: áudio de qualidade, estabilidade na conexão do streaming, facilidade de acesso à conexão e uma boa plataforma própria para ser o ponto de partida da distribuição e interação com esse conteúdo.
“A partir disso, vale ousar na criação e na estratégia de disponibilizar o seu conteúdo nos canais mais relevantes, onde estão os seus ouvintes. Também é fundamental monitorar esses ambientes para começar aos poucos a monetizar. Mas vale lembrar que é importante sempre respeitar as características da marca da rádio e o público-alvo”.
As rádios menores ou do interior, também devem aproveitar seus espaços de interação com os ouvintes, seja em ambiente digital ou não. “Mesmo com acesso digital ainda tímido, com o trabalho contínuo e a maior disponibilidade de novos dispositivos conectados, o número de ouvintes no digital pode mudar rapidamente”, afirma Starck.
Fonte: AERP