A atual situação financeira brasileira não perdoa nenhum setor: nem mesmo o de comunicação. Não são só os supermercados, o comércio varejista e os restaurantes que vêm sofrendo com as dificuldades na economia do país. Revistas, emissoras de televisão e de rádio também têm sentido os reflexos da crise.
Mas de que forma isso afeta as grandes, médias e pequenas rádios? Quais são os perigos de não saber lidar de forma apropriada com esta situação? É sobre isso que falamos neste post, confira:
Os efeitos da crise econômica na realidade das rádios
Assim como empresas de outras áreas, o faturamento das emissoras de rádio também sofreu uma queda, nos últimos anos, em consequência da crise financeira. Para evitar fechar o negócio, muitas delas optaram por demitir os seus funcionários – inclusive os comunicadores que apresentavam alguns dos seus programas.
A baixa no faturamento tem origem na redução dos espaços vendidos nestes veículos de comunicação. Muitas empresas, inclusive antigas clientes das emissoras, precisaram cortar os seus gastos em marketing, o que reflete diretamente nas vendas das rádios. Para contornar a situação, algumas emissoras optaram por oferecer descontos consideráveis (que chegam a 60%) aos seus clientes. Outras foram pelo caminho contrário e aumentaram o valor cobrado por propaganda transmitida na tentativa de manter uma boa margem de lucro.
No primeiro caso, mesmo quando são vendidos muitos espaços, o lucro não é tão alto quanto costumava ser. No segundo caso, a rádio até ganha mais por anúncio vendido – mas vende poucos espaços.
Atenção aos perigos de não saber fazer um bom gerenciamento de crise
Podemos citar como principais efeitos da crise na realidade das rádios a redução de espaços vendidos para anunciantes e, consequentemente, da lucratividade da empresa. Mas é preciso estar atento a um terceiro efeito, que pode surgir caso sejam tomadas más decisões de negócio: a queda na audiência.
A demissão de funcionários pode parecer uma solução rápida e necessária, mas é preciso considerar que sem os comunicadores, por exemplo, o conteúdo da emissora perde qualidade. Dispensar os apresentadores e substituí-los por mais músicas gravadas é uma péssima escolha – faz com que a rádio regrida e perca ouvintes. A sua audiência pode ouvir playlists de músicas em diversos outros canais, meios e aplicativos: são os conteúdos apresentados entre uma série de músicas e outra que mantêm o interesse do seu público.
Vale lembrar que sem uma boa audiência, a quantidade de espaços vendidos é ainda menor. É preciso, portanto pensar nos efeitos na qualidade do conteúdo antes de tomar decisões de corte de despesa. A crise afeta todos os setores, inclusive a comunicação. Para se adaptar à nova realidade, as rádios precisam: automatizar processos, gerar ainda mais conteúdos exclusivos e diferenciados para os seus ouvintes, ter ainda mais controle sobre as finanças e oferecer mais opções aos seus potenciais anunciantes.
Fonte: Cadena Sistemas