A sequência de comemorações do centenário do rádio no Brasil tem provocado uma onda positiva entre profissionais do meio e também agentes do mercado publicitário. O tudoradio.com consultou vários gestores do setor para tentar extrair as impressões desses personagens sobre o atual momento do rádio. É consenso que o veículo está forte, ações de união como na iniciativa realizada no último dia 6, em São Paulo, escancaram o tamanho do prestígio do veículo. Nesta terça-feira, em comemoração aos 100 anos do rádio no Brasil, uma transmissão especial uniu mais de 30 estações na capital. Acompanhe:
Com base nas impressões dos profissionais ouvidos pelo portal, a iniciativa desta terça-feira (6) exemplificou de forma muito natural que o rádio é extremamente relevante para a população, possui uma trajetória histórica de destaque e está se adaptando naturalmente a qualquer novidade tecnológica, inclusive aos novos hábitos de consumo do público. A rede formada por mais de 30 rádios passou por todos esses pontos, com fatos históricos, dados atuais e depoimentos de personagens importantes para o veículo e para a sociedade brasileira.
Na visão de um executivo de rádio ouvido pelo tudoradio.com, o meio precisava realizar com mais frequência iniciativas similares ao evento realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som) na última quinta-feira (6) e também a festa “Rádio +100 anos”, ocorrida em junho passado. “Demonstra força, seja para o mercado, seja para nós mesmos. A união é algo fundamental para nos enxergarmos como um veículo forte e, sendo assim, agir do tamanho dessa grandeza”, afirmou o gestor. “Precisamos fazer mais isso para o mercado e para nós mesmos”, completa.
Também chamou a atenção das pessoas que foram ao MIS as figuras que prestigiaram o evento de rádio. Ali estavam nomes de empresas importantes, como o Bradesco (banco que está entre os maiores anunciantes de rádio em São Paulo) e CCR. O governador do estado, Rodrigo Garcia, que está em plena campanha eleitoral, reservou espaço na agenda para prestigiar o evento organizado pela AESP. Isso também foi comentado entre os presentes. Ricardo Nunes, prefeito da capital, também estava presente.
“Precisamos discutir o nosso negócio”, provoca Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, em sua fala no MIS. De fato, um dos consensos entre os presentes é a necessidade de união para discutir os melhores modelos de negócio para toda a indústria de rádio. Sentimento este que passou com frequência nos eventos virtuais realizados ao longo da pandemia da COVID-19 e ganhou uma força mais significativa a partir da festa do “Rádio + 100 Anos”.
Outro gestor de rádio, que não atua no mercado paulista, disse que a movimentação observada em São Paulo já reverbera de forma positiva no mercado publicitário, com alguns profissionais olhando diferente para o veículo. Porém o movimento deve prosseguir em todo o país, para que ocorra um reposicionamento mais concreto do veículo, à exemplo do que ocorreu com outros segmentos, como o OOH (Mídia out-of-home). “O rádio é forte, mas está subvalorizado. Esse posicionamento mais assertivo da nossa indústria pode reverter isso”, acredita esse gestor, que não deixa de estar em sintonia com as falas proferidas por quem subiu no palco do MIS, na última terça-feira (6).
Fonte: Tudo Rádio.