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02/08/2018

Colecionador de rádios mantém acervo com 300 aparelhos antigos

Colecionador de rádios mantém acervo com 300 aparelhos antigos
02/08/2018

Morador de Brasília guarda em casa 300 aparelhos antigos. A paixão dura mais de 40 anos e gerou um acervo que guarda relíquias, como um modelo alemão fabricado em 1917

20180801104821509056aA coleção é uma caixa de memórias. Cada objeto conta a história do Brasil e do mundo. A peça mais antiga é um modelo de 1917, apenas três anos após o surgimento do rádio
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Houve um tempo no Brasil em que as pessoas viviam isoladas, alheias ao que estava acontecendo, sem saber ao certo o tamanho da vizinhança ou a força da comunidade. A chegada do rádio mudou tudo. O aparelho trouxe informação, entretenimento e ouvintes cativos, pessoas que sintonizavam uma emissora para ouvir a programação preferida.

Mais de 90 anos após a primeira transmissão no país, em 1922, e depois do advento da televisão, do computador, do celular e de outras tecnologias, o colecionador Miguel Lunardi, 60 anos, permanece apaixonado pelo aparelho. Ele tem um acervo com 300 rádios antigos, alguns centenários, e 80% dos aparelhos funcionam normalmente.

A coleção é uma caixa de memórias. Cada objeto conta a história do Brasil e do mundo. A peça mais antiga é um modelo de 1917, apenas três anos após o surgimento do rádio. O modelo, fabricado na Alemanha pós-guerra, foi um instrumento utilizado com o máximo de alcance para a propaganda nazista.

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O aparelho só permitia a sintonia em uma frequência, exatamente aquela que transmitia os discursos, materiais de informação e de massificação do Estado, e eram distribuídos aos padres de toda a Alemanha.

Da tristeza de um brasileiro morador de São Paulo, Miguel Lunardi herdou uma relíquia, na década de 1990. O homem tinha comprado um rádio novinho somente para acompanhar a Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil, depois de uma paralisação de 12 anos, por causa da Segunda Guerra Mundial.

Com a derrota do Brasil para o Uruguai, na partida final, em pleno Maracanã, que deu o bicampeonato mundial aos uruguaios, o torcedor passou 40 anos sem ligar o aparelho. Quando se resignou de tamanha dor, vendeu o rádio para Lunardi.

O acervo tem também aparelhos que homenageiam personalidades artísticas ou esportivas, muitas com um selo específico, como um modelo em reconhecimento ao toureiro espanhol “El Matador”. Outros modelos celebram determinadas atividades, com um desenho que imita uma tela de cinema, relógios ou telefones.
Uma unidade de 1957, do jeitinho que saiu da fábrica, homenageia o próprio colecionador, nascido naquele ano. As vitrolas também compõem o acervo, e modelos raros, como duas Juke Box, de 1950 e 1960, dividem espaço com as centenas de rádios do colecionador.

Os objetos também são uma aula sobre os diversos períodos da industrialização. Modelo, design, cor e tipo de material usado na produção de um rádio ajudam a identificar a época da industrialização do aparelho e o ano em que a peça foi lançada.

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Paixão por histórias

Lunardi começou a coleção aos 18 anos, quando retornou do Paraná para Jaborá (SC), município onde nasceu. Ao passar em frente a uma loja de eletrônicos, percebeu que os três rádios antigos no interior da lojinha traziam as melhores recordações da infância, da família e de uma época em que o rádio era uma grande novidade em sua cidade natal, que hoje conta com pouco mais de 4 mil habitantes.

“1964 era a época da revolução de Brizola, o sul era o berço dos revolucionários e o rádio, o principal instrumento para trazer as informações. As notícias vinham com um tremor muito grande e eu me lembro de ver a minha mãe sempre ouvindo o rádio”, conta.

Da lojinha de eletrônicos, ele saiu com os três rádios e a encomenda de mais aparelhos, tantos quantos o dono da loja conseguisse encontrar pela redondeza. De uma levada, foram cerca de 15 aparelhos antigos, burilados pela comunidade de colonização europeia.

Em 1977, Lunardi se mudou para Brasília. Os 80 rádios antigos trazidos do Sul ficaram expostos no restaurante Celva, que ele abriu no Cruzeiro. A partir daí, clientes e curiosos ajudaram a aumentar o acervo, inclusive doando aparelhos que não funcionavam. “Quase 80% dos rádios estão funcionando. Os que aparecem um problema levo para o meu amigo Geraldo Tolon, que conserta por hobby”, explica.

Difícil é saber de qual o aparelho Lunardi gosta mais. Os olhos brilham com intensidade a cada rádio que apresenta. Paixão declarada e referendada, ano após ano. “Os rádios, em si, me trazem lembranças muito fortes. Eles têm um valor sentimental, que não pode ser medido em preço. Gosto de todos”, garante o colecionador.

Fonte: Correio Braziliense

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