A Statista, empresa europeia de análise de dados, lançou uma apresentação especial sobre o consumo de rádio em comemoração ao ‘Dia Mundial do Rádio’, comemorado no último dia 13. A análise se debruçou sobre o índice de ‘ouvintes pesados’, também considerados como ‘fãs de rádio’, ou seja, aqueles que ouvem rádio pelo menos 11 horas por semana. O Brasil está na lista da análise, com 6% dos ouvintes enquadrando-se nessa condição. Os valores mais elevados estão na Europa, em países como Áustria e Alemanha.
Áustria e Alemanha aparecem no topo da lista entre os países destacados pela Statista, com cerca de 17% e 16% dos ouvintes nessa condição de ‘amantes do veículo’, respectivamente. Também estão acima de 10% países como Finlândia (14%), Grã-Bretanha (13%), África do Sul (11%), Estados Unidos (10%) e Austrália (10%). A título de comparação com o total da população que afirma escutar rádio de alguma forma, países como EUA, Austrália, Alemanha e Reino Unido (mais abrangente) contam com valores próximos ou acima de 90% (detalhes no final deste texto)
Outro país que tem, no total da população afirmando que ouve rádio, em torno de 90%, é a França e, no levantamento da Statista sobre os ‘ouvintes pesados’, 9% se encaixam nessa categoria de ‘fãs’. O Brasil, que tem um tempo médio de consumo elevado (próximo a 4 horas diárias), aparece com 6%, acima de outro grande país latino-americano, o México (4%).
Apesar de não ser possível comparar pesquisas distintas devido às diferenças de metodologias, esse contexto dá uma dimensão de que o consumo de rádio é elevado em todo o planeta, com alguns países detendo uma população mais fascinada pelo meio do que outros, mas a maioria em patamar elevado. E os motivos da diferença podem variar, mas geralmente estão atrelados à maior oferta de programação/formato de rádios para a população, o que aumenta a possibilidade de mais grupos de pessoas terem interesse no veículo.
Modernizações como o rádio digital terrestre e a maior (e melhor) presença do meio via streaming também colaboram diretamente para isso. No Brasil, a Kantar IBOPE Media já indicou que o áudio digital das emissoras agrega cerca de 35% ao alcance das rádios no dial.
Os dados de rádio da Statista estão dentro da pesquisa macro Insights do Consumer Insights, relacionada ao ano de 2023 (janeiro a dezembro). Contou com 2.016 a 10.044 pessoas respondendo via online, entre 18 a 64 anos de idade.
Fonte: Tudo Rádio e Statista.