A ACAERT produziu e está divulgando um material especial sobre as experiências das emissoras que mantiveram ou alteraram a programação no processo de migração do AM para o FM. A produção foi realizada pela Rede de Notícias ACAERT (RNA) e está sendo distribuída pela associação por meio de seu site em texto e também em áudio.
A matéria destacou o caso da extinta rádio Difusora AM 910 de Içara. Após a adaptação de sua outorga para o FM, a emissora passou a integrar a rede liderada pela Massa FM 92.9 de São Paulo e está operando como Massa FM 94.5 de Criciúma (cidade vizinha a Içara).
“A Rede Massa vem ao encontro do que a gente pensava, porque ela liberava a programação local. A programação vem com os nomes, vinhetas e com a linha a ser seguida. Mas todos os comunicadores são nossos. Então, das seis da manhã às seis da tarde, toda programação sai do nosso estúdio. E a play list. Como nós somos uma rádio sertaneja, a gente segue a play list que vem deles. A ideia da Rede Massa caiu muito bem para nós, porque a gente pôde manter um jornalismo local”, explica a diretora da emissora, Carolina Guidi.
Outra emissora que também aparece na segunda parte do especial produzido pela ACAERT é a extinta Rádio Centro Oeste AM 1510 de Pinhalzinho, hoje Centro Oeste FM 100.9. O jornalista Fabiano Ronco, da RCO, afirma que a participação do ouvinte foi decisiva. “No início, nós priorizamos mais a música, porque acreditávamos que esse era um dos pontos principais que a emissora deveria fortalecer. Mas o nosso ouvinte tradicional, que era acostumado com a notícia, percebeu essa mudança drástica e sentiu a falta da informação. Então, baseado nas pesquisas e no acompanhamento do ouvinte, conseguimos encontrar o equilíbrio entre a programação musical e a jornalística”, comentou.
Outra emissora que também está na segunda parte do especial é a Rádio Cultura FM 93.9 de Campos Novos. A rádio foi uma das conclusões do trabalho da jornalista Rosely Rossi, de Especialização em Comunicação pela UniCeub, de Brasília. Rosely atua na Rádio Cultura, de Campos Novos, que migrou em outubro de 2017. Segundo a jornalista, o processo levou em conta a opinião dos ouvintes e do mercado, necessidade identificada em sua pesquisa. “A intervenção na grade da programação da rádio foi definida a partir das demandas do público ouvinte. Ouvimos os vários públicos da emissora: ouvinte, mercado e o pessoal interno. Nós fizemos uma campanha de marketing durante a migração com o objetivo de explicar que a Rádio Cultura não estava sendo extinguida”, analisa a jornalista.