O presidente da ABERT Paulo Tonet Camargo participou, na quinta feira (3), da 10ª edição do Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, na sede da OAB-DF, em Brasília.
Na data em que se comemora o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas e advogados debateram a violência contra profissionais da comunicação e o combate às notícias falsas.
Tonet ressaltou mais uma vez a importância do jornalismo livre como alicerce de um país democrático. “A liberdade de imprensa é uma conquista da sociedade para a própria sociedade. Nunca o jornalismo livre e profissional foi tão importante como elemento certificador da verdade e da responsabilidade”, disse o presidente da ABERT.
A presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, afirmou que é preciso lutar diariamente para a preservação da liberdade de imprensa. “ Estamos em um país livre, mas temos que lembrar que ainda necessitamos avançar para que a liberdade permaneça na nossa sociedade”, disse.
Também presente na abertura do Fórum, o diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, lembrou que toda vez que um jornalista é agredido, a sociedade está sendo atacada. “ Estamos vendo uma intolerância muito grande com o exercício do jornalismo. A violência contra o jornalista é um ataque à democracia e à sociedade”, disse.
Durante o evento, dois casos emblemáticos e recentes de violação à liberdade de imprensa foram destacados. O diretor de redação da Gazeta do Povo, do Paraná, Leonardo Mendes, falou sobre a enxurrada de ações judiciais contra o jornal e seus profissionais, após a publicação de reportagens sobre os salários dos magistrados do Paraná, que ultrapassavam o teto definido em lei. O jornal e os cinco jornalistas sofreram 48 ações.
O outro caso, foi apresentado pelo advogado da Rede Pampa, de Porto Alegre (RS), Leopoldo Lara. Após um entrevistado de um dos programas da emissora criticar, ao vivo, uma universidade do interior do Rio Grande do Sul, a Rede Pampa e o entrevistado foram processados por mais de 40 professores da instituição de ensino. Em primeira instância, a emissora foi condenada a pagar R$ 12 mil a cada um dos professores.
O Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia também debateu ordens judiciais de censura e remoção de conteúdo.
Fonte: ABERT.