As formas de comunicação, de uma maneira geral, têm se modernizado com o passar dos anos e o advento de novas mídias e a rapidez com que as notícias se expandem por meio da internet e demais veículos de informação são impressionantes.
Entretanto, segundo pesquisa realizada pela empresa Kantar IBOPE Media, mais de 52 milhões de pessoas no Brasil escutam rádio habitualmente, sendo assim, um dos principais meios de se obter informação e entretenimento no nosso país.
Com aproximadamente 9,4 mil emissoras ativas em todo território nacional, escutar rádio tem sido um costume e as pessoas procuram maneiras de ouvir tanto em equipamentos tradicionais quanto por intermédio de streaming na internet ou pelos smartphones.
Afinal, por que escutar rádio não sai de moda? A seguir, você vai conferir as razões para que isso ocorra!
A adaptabilidade com a concorrência da TV
A história marca, a partir dos anos 1950, com a vinda da televisão e do empreendedorismo de Assis Chateaubriand, ao introduzir na sociedade a TV Tupi, primeira emissora do país, uma era de concorrência ferrenha com o, até então, meio de comunicação mais utilizado.
Muitos dos atores de radionovelas se transferiram para televisão e construíram carreiras formidáveis e com interpretações fantásticas, que até hoje são lembradas por quem viveu aquela época. Ao rádio, coube inovar na programação e se adaptar dia após dia.
A influência política das radioemissoras era notável e, mediante a força do seu jornalismo, acabou sobrevivendo com a chegada do seu novo concorrente, que, até então, tinha presença em poucas casas brasileiras e era muito focado nas principais capitais.
A invenção do transistor e a popularização das emissoras que operavam em Frequência Modulada (FM), um sistema que apresentava qualidade melhor de transmissão do que a Amplitude Modulada (AM), colaborou para a resistência do rádio no gosto popular, principalmente, com a multiplicação de estações com programação musical e seu alcance local e regional que encantava os jovens.
A mudança na linguagem abordada fez com que as radiodifusoras permanecessem entre as mais queridas da população. Com o surgimento do repórter que ia às ruas acompanhar a notícia in loco, conversando com o ouvinte, percebe-se que as emissoras estreitaram os laços para que houvesse uma identificação maior.
A internet deixou o rádio mais atual
Sem dúvidas, a internet foi uma das maiores invenções do século XX e, com a era da tecnologia, as pessoas se viam conectadas e uma onda de novas mídias foi tomando conta da sociedade brasileira e mundial.
Restou às radioemissoras, mais uma vez, o papel de se adaptarem ao novo, àquilo que estava tomando a atenção dos seus ouvintes e despertando a curiosidade de todos. A transmissão digital trouxe uma qualidade ainda maior para as emissoras e a evolução tecnológica com sua praticidade para acompanhar a programação.
Os ouvintes se tornaram ainda mais participativos nas programações e podendo colocar suas ideias e expressando suas opiniões críticas. Essa interação é visível por meio das redes sociais e dos sites das emissoras de rádio.
A audiência permanece fiel e o carisma do rádio sobreviveu às novas tecnologias. A interação com a internet fez com que o rádio não perdesse espaço no mercado e acabou gerando novos tipos de público, pessoas que necessitam das notícias de forma mais rápida, até pela vida corrida que levam.
Interessante salientar também que, segundo o Ibope Media, as programações de notícias e prestação de serviço são líderes entre os ouvintes com 65% de preferência, o que corrobora para a opinião do jornalista Hermano Henning, no Congresso de Rádio e Televisão em Joinville, quando foi enfático em dizer que o Jornalismo fez o rádio sobreviver.
Fonte: Teletronix.