Em 31 de janeiro de 2018, televisores de municípios da Grande Florianópolis só vão receber sinal digital.
Foi lançada nesta quinta-feira (22) em Santa Catarina a campanha que alertará a população para o início do desligamento da TV analógica no Estado. No dia 31 de janeiro, os televisores dos municípios da região da Grande Florianópolis, entre eles, Biguaçu, Palhoça, São José e Santo Amaro da Imperatriz, sintonizarão apenas o sinal digital das televisões abertas. Depois, em dezembro de 2018, o desligamento chegará a Blumenau, Joinville e Jaraguá do Sul, concluindo o processo de migração do sinal analógico para digital, em todo Estado, em 2023.
O evento de lançamento da campanha de desligamento da TV analógica em Santa Catarina foi realizado pela Acaert – Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão, em parceria com a Abert – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV e a Seja Digital, entidade responsável por operacionalizar a migração do sinal analógico para digital no Brasil. A cerimônia foi no Hotel Majestic, na capital.
Participaram do lançamento o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, presidente da ACAERT, Marcello Correa Petrelli, secretário de Estado de Comunicação de SC, João Debiasi, prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, Patrícia Abreu, da Seja Digital, André Dias, diretor de Projetos Especiais da TV Globo, além de representantes de prefeituras, do trade da comunicação catarinense e imprensa.
O presidente da Acaert, Marcelo Petrelli, destacou a importância do trabalho de esclarecimento dos catarinenses, para que ninguém fique sem o sinal de TV em sua casa. “A TV digital vai garantir a qualidade de todas as programações, sinal em qualquer lugar e de forma gratuita. Essa campanha que inicia pela Grande Florianópolis servirá de modelo para cada uma das regiões do Estado”, enfatizou Petrelli.
Kit conversão de graça para população carente
Para sintonizar os canais abertos, transmitidos pelo sinal digital, pode ser que televisores mais antigos precisem de adaptações. Modelos mais novos e de tela fina geralmente já vêm com o conversor de sinal embutido, o que deve ser confirmado no manual do fabricante. Para aparelhos que não tiverem, será preciso adquirir um kit de conversão: com cabo, antena, conversor e controle remoto.
O kit custa em torno de 200 reais. Mas, para famílias de baixa renda, inscritas em algum dos mais de 20 programas sociais do Governo Federal, como por exemplo, o Bolsa Família, esse kit será de graça. Para os municípios da Grande Florianópolis, que terão o sinal analógico desligado em 31 de janeiro, são quase 45 mil famílias com direito ao kit gratuito.
Patrícia Abreu, diretora de comunicação da Seja Digital, esclareceu que as solicitações do material poderão ser feitas a partir de outubro, pelo número de telefone 147. “Nós trabalhamos com pontos de retirada e quando a pessoa faz a ligação gratuita para o 147, ela já escolhe o local e a data da retirada”.
Patrícia Abreu explicou ainda que em novembro será feita uma pesquisa de aferição para ver o percentual de residências da Grande Florianópolis, com os televisores já preparados para a mudança do sinal analógico para o digital. “Precisamos ter pelo menos 93% das casas preparadas para o desligamento ser autorizado. No entanto, queremos atingir 100% de audiência, por isso iniciamos diferentes campanhas de esclarecimento e alerta para a população”, enfatizou a diretora de comunicação da Seja Digital.
TVs em Santa Catarina estão preparadas
Em Santa Catarina, as cinco principais redes – RBS-SC, a Ric Record, o SBT Santa Catarina, Band TV Catarina e a Record News – já estão preparadas para a mudança. O presidente da Abert, Paulo Tonet Camargo, acredita que o processo de desligamento da TV analógica em Santa Catarina será até mais tranquilo que em outros Estados, pelo nível de esclarecimento e comprometimento das entidades envolvidas.
Tonet Camargo comentou ainda que, ao contrário de outros países que já fizeram a migração do sinal analógico para o digital, no Brasil, a experiência vem dando muito certo, justamente pela garantia de que a população de baixa renda tem os kits para a conversão garantidos. “Isso, inclusive, fez com quem que a audiência da TV aberta – nas praças em que já houve o desligamento, como Goiânia, Brasília e São Paulo, não houvesse decréscimo de audiência, pelo contrário, a audiência da TV aberta aumentou.
Fotos: Fernando Willadino
Fonte: Assessoria de Comunicação ACAERT c/RNA