Os números e a realidade indicam que a TV aberta continua sendo a única mídia de massa nacional. Tanto pela cobertura, que chega perto de 100%, como pelo hábito de consumo regular, que é 95%, e de consumo diário, que chega a 73%.
Esses dados foram aferidos pela última pesquisa de consumo dos meios de comunicação da Secom-PR, realizada pelo Ibope em 2015.
Apesar da grande presença do rádio, que também é próximo de 100% da população, seu hábito de consumo diário é bem mais baixo do que no caso da TV: 55% das pessoas ouvem regularmente, e 30%, diariamente.
A internet é o terceiro meio em hábito de consumo: 48% da população o fazem habitualmente, sendo que 37% navegam todos os dias. Mas a penetração é bem menor do que a do rádio, pois um terço dos 211 milhões de brasileiros continua sem conexão.
Este dado é mais recente e foi calculado pela revista The Economist. Apesar dos esforços feitos nos últimos anos para aumentar a inclusividade da internet no Brasil, este índice é apenas um pouco melhor do que o padrão mundial.
Além desses números reveladores sobre o consumo habitual e diário das três principais mídias no Brasil, ainda é preciso considerar que a TV tem um mix perfeito entre conteúdo (jornalismo, informação e entretenimento) e publicidade, pois os formatos e tempos de exibição da programação e dos comerciais estão consolidados há décadas e funcionam em harmonia. E tanto a programação como a publicidade têm características nacionais, mas são intercaladas com conteúdo local e regional, resultando em um mix vencedor, que está entre o que de melhor a TV oferece no mundo todo.
E quanto à internet, sua “programação”, se é que pode ser assim definida, é muito atomizada, sem nenhum canal ou programa capaz de funcionar como elemento agregador de comunidades tão amplo e forte. E, além disso, a mídia digital ainda não conta com formatos vencedores consolidados.
Não é sem razão que a TV fica com 72,1% das verbas (dados do Media Compass de 2015, do Ibope Kantar Media), sendo 62,9% da TV aberta e 9,25% da TV paga, enquanto o rádio fica com 3,9%, e o digital, com 9,7%.
Fonte: Jornal Diário Catarinense