Os números coletados na última pesquisa do Ibope sobre o grau de preparação dos domicílios de Brasília para o sinal de TV digital apontam que a reunião desta terça, 25, do Gired (Grupo de Acompanhamento da TV Digital) será política. Segundo apurou este noticiário, seguindo o mesmo critério de Rio Verde, o índice nos dias da pesquisa foi de 89%. Na projeção até a data do desligamento, já considerando o deflator acertado com a radiodifusão, o número seria de 90%. É o limite do previsto para desligar.
Nesse sentido, seria possível fazer o desligamento. Acontece que o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações havia indicado ao Gired que não fechasse um único critério para analisar os dados. Ou seja, o critério pedido pela a radiodifusão, que não considera os mesmos índices de digitalização entre os domicílios com telas finas, será considerado. E por este critério, com base na pesquisa de campo do Ibope, o percentual de domicílios aptos para a TV digital no Distrito Federal é de 87% na projeção para a data do desligamento. Ou seja, caberá ao Gired, e em última instância ao MCTIC, decidir pelo adiamento.
No mercado, a informação é de que o ministro Gilberto Kassab teria concordado com um adiamento de 10 dias. Entre as teles, a percepção é de que se esse adiamento for aceito a mensagem será muito ruim para a credibilidade do processo de desligamento, pois já houve um adiamento em Rio Verde, com ganhos quase nulos em termos de aumento do grau de digitalização. As operadoras de telecom, que dependem do desligamento para liberarem a faixa de 700 MHz para os serviços de 4G, tentarão convencer o governo a manter a data, para assegurar credibilidade para as demais cidades, que começam a ser desligadas em 2017. Já os radiodifusores alegam que haverá um grande contingente de telespectadores que ficarão sem sinal de TV em Brasília, se o desligamento se der com menos de 90%.
Fonte: Tele Viva News.