Consultoria aponta que desembolsos devem somar US$ 632 bilhões em 2028, sendo que mais da metade desse total deve ficar nos Estados Unidos; setor financeiro liderará o uso de soluções de IA
Os gastos globais com Inteligência Artificial (IA) mais do que duplicarão até 2028, quando devem atingir US$ 632 bilhões (aproximadamente R$ 3,64 trilhões), aponta a consultoria IDC em relatório sobre a tecnologia, divulgado nesta terça-feira, 19. A projeção indica que mais da metade desse montante (53,1%) será desembolsada nos Estados Unidos.
O estudo da IDC leva em conta aplicativos habilitados por IA, infraestrutura, serviços de TI e negócios. Para a consultoria, a rápida adoção da IA, incluindo modelos generativos, resultará numa taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 29% no período de 2024 a 2028. Só a IA generativa deve movimentar US$ 202 bilhões (R$ 1,16 trilhão), representando 32% dos gastos gerais com a tecnologia.
De acordo com o relatório, a categoria que deve ficar com a maior parte dos gastos é a de software. Inclusive, dois terços de todos os gastos com software serão destinados a aplicativos e plataformas de IA, ao passo que o restante irá para desenvolvimento de apps e sistemas de infraestrutura. O segmento deve ter uma CAGR de 33,9%.
A IDC ainda indica que os gastos com hardware de IA, incluindo servidores, armazenamento e infraestrutura como serviço (IaaS), também serão volumosos.
Segundo o estudo, o setor que deve liderar os desembolsos em soluções de IA até 2028 é o de serviços financeiros, puxado pelo segmento bancário. Em seguida, aparecem os ramos de software e serviços de informação e varejo. Combinados, os três setores devem representar cerca de 45% dos gastos com IA.
“As transformações impulsionadas pela IA proporcionaram resultados de negócios tangíveis e valor para organizações em todo o mundo e elas estão construindo suas estratégias de IA em torno da experiência dos funcionários, do envolvimento do cliente, dos processos de negócios e das inovações do setor”, diz Ritu Jyoti, vice-presidente do grupo e gerente geral de IA e pesquisa de dados da IDC, em nota.
“Com inovações desenfreadas em ferramentas e tecnologias confiáveis de IA e uma melhor harmonização da interação entre humanos e máquinas, as barreiras à adoção da IA em escala continuarão a diminuir”, acrescenta.
Fonte: Tele.Síntese