Estudo aponta que principal uso da IA generativa em 2024 foi no atendimento aos clientes; em 2025, empresas pretendem utilizá-la em outras frentes, como apoio ao compliance, e pesquisas de mercado
O ISG, empresa de pesquisa de mercado em tecnologia, fez um levantamento sobre o atual estágio de adoção de inteligência artificial (IA) generativa pelas empresas e o resultado é que os gastos devem aumentar 50% em 2025 em comparação a este ano.
De acordo com o estudo, as empresas gastaram, em média, US$ 2,6 milhões somente no principal case de uso de aplicação da ferramenta em 2024.
De modo geral, a verba de TI destinada à IA generativa foi de 4,3% do orçamento desse setor na empresa e, para 2025, o índice deve chegar a 6,5%. Do montante destinado à tecnologia, atualmente, 36% têm sido gasto em aplicações e software, incluindo software as a service; 21% em infraestrutura, 25% com pessoal e 18% com serviços de manutenção.
O levantamento ISG State of the Generativa AI Market 2024, que acaba de ser divulgado, foi realizado em agosto e engloba a participação de 2 mil empresas de diversos países.
Para essas companhias, as principais motivações iniciais para adotar a ferramenta foram eficiência (32%), crescimento do negócio (21%), economia de gastos (18%), atendimento ao cliente (17%) e inovação (12%).
Usos atuais e futuros
A tecnologia tem sido utilizada por uma diversidade de ramos de negócio. Em comum, estão as principais destinações de gastos na IA generativa. Segundo o estudo, três das cinco principais áreas mais bem financiadas têm como foco o atendimento ao cliente, ganhos de eficiência e geração de conteúdo. Isso aponta, na visão do ISG, que os casos de uso são voltados para eficiência e lucratividade, e não para aumento de receita (veja o gráfico abaixo).
“E as ferramentas de IA continuam a ser implantadas principalmente em processos que têm um ‘humano no circuito’ (HITL) para intermediar e validar a saída antes que seja entregue aos clientes”, aponta o relatório.
Para 2025, as empresas vão continuar a utilizar esses mesmos processos para aplicações relacionadas ao atendimento e experiência do cliente, a fim de gerar soluções mais rápidas e mais precisas em tempo real.
Por outro lado, a tendência, de acordo com o levantamento é que haja um foco maior em aumentar a expertise. “Apoiar o compliance, previsão, pesquisa de mercado, planejamento da cadeia de suprimentos e desenvolvimento de software são todos domínios nos quais a expertise humana — em vez do tempo humano — pode ser o fator limitante”, observa o ISG.
Desafios
As empresas também responderam sobre os principais inibidores para adoção da tecnologia. A falta de habilidade ou especialização entre os funcionários foi o desafio mais apontado (56%), seguido de privacidade e segurança de dados (39%), infraestrutura e aplicativos legados (39%), gerenciamento de mudanças (35%) e custo de LLMs (33%).
Fonte: Tele.Síntese