O 5G é fundamental para a chamada “economia 4.0”, revolução tecnológica que poderá acelerar novos hábitos de consumo de mídia em todo o planeta. O rádio, que já experimenta um avanço de seu alcance digital através de várias iniciativas on-line, impulsionadas pela maior oferta de conexão por parte de ouvintes e também de dispositivos disponíveis (como smartphones e smart speakers), é um grande interessado nesse processo.
O streaming de rádio, impulsionado pela expansão digital, já serve de parâmetro para o trabalho executado no dial. De acordo com a Kantar IBOPE Media, no Brasil o digital tem agregado, em média, 35% de alcance ao consumo no dial, considerando as estações que estão no top 10 da plataforma Extended Radio, ambiente que monitora e afere o consumo de rádio nos ambientes on e offline.
A qualidade técnica avança, assim como o uso de todos os recursos disponíveis ao streaming. É possível constatar em plataformas agregadoras de rádio, como o tudo.radio e o App tudoradio.com, que a experiência do usuário foi aprimorada pelas próprias estações, que passaram a cuidar da qualidade do áudio disponibilizado via streaming e até a geração de conteúdos adicionais por esses canais enquanto o dial cumpre obrigações específicas, como horários políticos e Voz do Brasil, mantendo o ouvinte engajado com o perfil da rádio durante toda a geração de áudio ao vivo.
“Além de todas as vantagens que proporciona em termos tecnológicos, o streaming não é afetado pelas amarras legais do rádio convencional. Como se sabe, a radiodifusão é altamente regulada. Já pela web, não é necessário, por exemplo, transmitir a Voz do Brasil ou cumprir o limite de tempo para publicidade. O streaming, portanto, permite que a emissora aumente a produção de conteúdo e a entrega para os anunciantes”, destaca Fernando Morgado, consultor de rádio.
“Conforme já abordei nos meus artigos para o tudoradio.com, o streaming complementa e amplia a experiência proporcionada pelo dial. Além disso, permite a adição de novos recursos, como textos e imagens. Tudo isso acaba por impulsionar o consumo de áudio via internet, especialmente entre os mais jovens”, afirma Morgado.
Com alta velocidade, boa cobertura e baixa latência do 5G, usuários já cogitam até abandonar planos de banda larga e ficar apenas com a rede móvel. Mas como isso afeta o rádio? Esse cenário abre uma janela de oportunidades para o crescimento digital das emissoras, mas também traz desafios.
O rádio também pode experimentar benefícios operacionais através do avanço da conectividade e novas formas de ganhos, como o crescimento do mercado programático através do áudio digital e o fortalecimento de iniciativas como o rádio híbrido, que combina os pontos fortes da operação via dial (FM/AM) com streaming (e outros dados oferecidos pelas estações).
Com informações de Tudo Rádio, Anatel, Olhar Digital e Correio Braziliense