Se você analisar todas as fontes de áudio possíveis, ou seja, o consumo da população nos mais diversos formatos dessa modalidade de entrega de conteúdo, perceberá que o Rádio FM/AM detém a maior parcela, com uma boa vantagem em relação a todas as demais plataformas, sejam elas digitais ou não. Esta afirmação, positiva para o meio, é baseada em um recorte recente do Share of Ear da Edison Research, que mapeia o consumo de áudio nos Estados Unidos. Na extensa lista analisada, estão plataformas digitais como Spotify e YouTube, bem como o serviço de rádio via satélite, CDs e até vinis.
De acordo com a Edison Research, 36% do total do consumo de áudio nos Estados Unidos é para o Rádio AM/FM, tornando o veículo na principal fonte desse formato de mídia para a população local, tendência esta que tem sido mantida nos últimos anos, conforme já repercutido pelo tudoradio.com. E o número é expressivo, já que o valor representa a divisão entre os mais variados formatos, o que inclui até “vídeos musicais”, podcasts e a “propriedade da música”, ou seja, MP3, CDs, entre outros.
Segundo o levantamento, música por streaming, incluindo Spotify, Pandora, Apple Music, Amazon Music e serviços semelhantes, ficou em segundo lugar com 18%. O YouTube para Música/Vídeos Musicais foi o terceiro com 14%, seguido por podcasts, que representam 10% de todas as audições. É válido destacar os podcasts: esse formato tem apresentado crescimento e avançou 1% em relação à pesquisa anterior, atingindo seu maior percentual histórico.
O levantamento Share of Ear ainda aponta o SiriusXM (8%), que é o serviço de rádio via satélite disponível nos EUA, e a música própria ou propriedade de áudio (ouvir CDs, vinis, arquivos digitais próprios como MP3, etc.), que decresceu dois pontos percentuais, chegando a 7%. Os audiobooks ganharam um ponto percentual, representando 3% das audições, empatando com os canais de música da TV.
De acordo com a imprensa especializada em mídia dos EUA, os dados do Share Of Ear derivam de um registro detalhado de um dia, administrado online ou por correspondência após uma pesquisa telefônica. Os dados têm sido atualizados continuamente desde 2014. Há a intenção de consolidar análises referentes a dez anos de mapeamento, o que pode auxiliar na identificação de tendências ou constâncias nos padrões de consumo.
“O áudio mudou dramaticamente nos últimos dez anos e nós registramos essas mudanças ao longo do caminho”, afirmou a Edison Research em seu último boletim semanal de insights. “Em 2014, quando começamos, pouco mais da metade dos americanos tinha um smartphone. Hoje, bem mais de 90% possuem. Quando iniciamos, muito mais pessoas possuíam ‘aparelhos de rádio’ em suas casas ou em seus locais de trabalho e, claro, ninguém tinha sequer ouvido falar de um alto-falante inteligente”, diz o comunicado.
Com informações da Edison Research, do portal Inside Radio e Tudo Rádio.