Dois dígitos: Receitas de grupos de rádios continuam avançando nos EUA
Alguns dos principais grupos de rádios dos Estados Unidos têm revelado avanços de dois dígitos nos balanços sobre suas receitas, em dados relativos ao segundo trimestre de 2022. Isso significa que o meio segue em forte recuperação no período pós-pandemia da covid-19, apesar de desafios importantes no cenário econômico global. A imprensa especializada no setor de mídia repercutiu os dados de grupos como iHeartMedia e Salem Media Group, ambos com atuação nos EUA. Nos dois casos os avanços foram de dois dígitos, impulsionados por frentes de trabalho no digital e também no “offline”.
No caso da iHeartMedia, maior grupo de rádios dos Estados Unidos, as receitas da empresa saltaram 10,7%, totalizando US $954,0 milhões no segundo trimestre de 2022. No recorte desses dados, chama a atenção o crescimento do setor “Digital Audio Group”, que é relacionado a todas as iniciativas digitais da empresa. Essa frente avançou 27,6% no mesmo período, totalizando US $252,6 milhões. Isolado, os podcasts da iHeartMedia cresceram 60,4% em receita.
Já o Multiplatform Group, frente que engloba as estações de rádio AM/FM da iHeartMedia e seus respectivos faturamentos, o avanço foi de 4,5% ano a ano, totalizando US $633,3 milhões. A chamada receita de transmissão cresceu 2,7%, registrando US $463,3 milhões. A frente, que é a maior do grupo, foi impulsionada por uma retomada do maior volume de vendas de spots comerciais nas estações, compensando quedas da área relacionada à eventos, que ainda não deslanchou desde o início da pandemia.
“O Digital Audio Group continua a apresentar um crescimento líder do setor, e nosso Multiplatform Group continua a demonstrar que também é um motor de crescimento para a empresa”, afirmou Bob Pittman, CEO da iHeartMedia, em um comunicado à imprensa antes da reunião trimestral da empresa com os analistas, na semana passada.
O CEO da iHeartMedia enaltece o resultado positivo em comunicado, destacando mais uma vez que o grupo de rádios atua como uma empresa de áudio: “Como a empresa de áudio nº 1 na América em rádio de transmissão, rádio digital e podcasting – e a maior empresa de áudio de alcance do consumidor nos EUA de longe, continuamos comprometidos em construir nossos negócios para o crescimento futuro e continuar a oferecer uma companhia confiável para nossos ouvintes e valor significativo e único para nossos parceiros de publicidade”.
Quem também avançou dois dígitos nas receitas foi a Salem Media Group, empresa de mídia de conteúdo cristão/conversador. No caso do grupo religioso, o avanço mais pesado veio da transmissão de rádios AM/FM, ou seja, através dos spots comerciais veiculados por suas estações, além de outras iniciativas. O crescimento foi de 12% no faturamento de transmissão, com as receitas totais do Salem Media Group aumentando em 7,7%, para US $68,7 milhões durante o segundo trimestre. Já a receita de mídia digital aumentou 4,5%, para US$ 10,8 milhões.
Já a Audacy, considerado o segundo maior grupo de rádios dos EUA, teve um avanço mais tímido, mas segue se recuperando das quedas impostas pela covid-19. As receitas no segundo trimestre foram de US $319,4 milhões, o que representa um aumento de 5% em relação aos US $304,5 milhões de um ano atrás. Segundo a imprensa especializada no setor, o crescimento de meio dígito veio depois que a Audacy (antiga Entercom) registrou um ganho de receita de 14% no primeiro trimestre.
A frente digital da Audacy teve um avanço de 19% nesse período, totalizando US $69,3 milhões em receita. Chama a atenção um recorte sobre as rádios musicais do grupo: o faturamento dessas estações alimentaram a maior parte de sua receita spot, contribuindo com US $158,6 milhões no trimestre.
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Fonte: Tudo Rádio.