A percepção sobre a composição do universo de áudio com anúncios ainda é algo nebuloso para vários agentes de marketing. Em resumo, o rádio continua martelando na tecla que “é o meio com ampla liderança entre todos os formatos de áudio que carregam publicidade”, algo vital para qualquer campanha que contemple esse modelo de conteúdo. E, segundo uma análise da Hubbard Radio (EUA), baseada na mais recente pesquisa Share of Ear, esse domínio do rádio ocorre em todos os locais.
“O rádio conecta marcas a públicos atentos e cativos no carro, em casa e no trabalho”, afirma o Katz Radio Group, em um resumo da análise da Hubbard Radio dos dados de Share of Ear da Edison Research para o segundo trimestre de 2022. A afirmação se baseia no desempenho do rádio AM/FM dos Estados Unidos nos ambientes carro, casa e trabalho, considerando áudios que contam com alguma publicidade.
Segundo os novos dados da Share of Ear, o rádio AM/FM representa 9 em cada 10 minutos gastos com áudio com publicidade, consumidos nos carros, ou seja, 10 vezes mais em volume de escuta do que streaming de música (com anúncios) e podcasts combinados. “Quando se trata de alcançar os consumidores no carro, em movimento e perto do ponto de compra, o rádio domina”, destaca a publicação do Katz Radio Group.
O texto também destaca que o rádio também é responsável por capturar a maioria das audições ocorridas em ambientes como casa e trabalho. Os dados da Share of Ear, destacados no texto da Katz, mostram que seis em cada 10 minutos gastos com áudio suportado por anúncios em casa e no trabalho são para rádio AM/FM.
“As marcas têm amplas oportunidades com o rádio AM/FM para alcançar consumidores em uma variedade de mentalidades e atividades diferentes – enquanto relaxam, verificam e-mails, fazem tarefas domésticas, pedem jantar, fazem compras online – inúmeros momentos para uma conexão relevante e significativa com a marca”, analisa o texto da Katz em seu blog “Sound Answers”.
A análise também recorda que está diminuindo o universo de ouvintes que consomem áudio com anúncios nas plataformas de streaming, diminuindo ainda mais a participação desse formato de mídia na participação nesse formato de publicidade. Larry Rosin, presidente e cofundador da Edison Research, já havia apontado publicamente a tendência de consumidores estarem “comprando sua saída dos anúncios”, ou seja, partindo para assinaturas desses serviços de streaming.
Recentemente foi destaque uma previsão PwC, que apontou um avanço na receita de áudio, plataforma essa que tem o rádio como responsável pela maior parte do consumo. Segundo o levantamento, esse formato de mídia deverá apresentar um ganho de 3% em relação ao ano passado nos Estados Unidos. O rádio, meio que representa a maior fatia do mercado quando o assunto é consumo em áudio, chegará a uma receita de US $21,9 bilhões em 2022, sendo um acréscimo de US $700 milhões em relação a 2021.
Em 2021, uma análise da Westwood One (Cumulus Media), com base no Share of Ear, já havia destacado que o rádio representava 76% de todo conteúdo de áudio com anúncios e que as agências de marketing estavam superestimando os serviços de streaming. Na época, uma análise mostrou que as marcas e agências enxergam que a participação do Spotify é 24% no share de audiência no universo de áudio suportado por anúncios, ou seja, 12 vezes maior do que o valor real, que é de 2%, segundo dados do Share of Ear.
“Examinando o estudo ‘Share of Ear’ do 2° trimestre de 2021, é evidente que há uma grande desconexão entre as percepções e as participações reais do público”, afirmou Brittany Faison, gerente de insights da Cumulus Media e Westwood One, na análise de 2021.
Fonte: Tudo Rádio.