Rio de Janeiro – Profissionais da área de comunicação participação da mesa de discussão “30 anos da CBN: das ondas ao podcast, o futuro do áudio”
O meio rádio foi exaltado por grandes profissionais da área de comunicação e publicidade no Palco do Conhecimento, na Rio Innovation Week, evento que foi realizado no último final de semana, no Rio de Janeiro. Nomes como o do publicitário Washington Olivetto; Márcia Menezes, head de Jornalismo Digital da Globo; e de Marcelo Kischinhevsky, professor e pesquisador de Rádio da UFRJ, destacaram o papel do rádio nos tempos atuais.
Os depoimentos ocorreram durante a mesa de discussão “30 anos da CBN: das ondas ao podcast, o futuro do áudio”, que ocorreu no sábado (15). Participaram do debate Marcelo Kischinhevsky – Professor e pesquisador de Rádio da UFRJ; Márcia Menezes, Head de Jornalismo Digital da Globo; Washington Olivetto, publicitário, fundador da W/GGK, da W/Brasil e da WMcCann, e Gustavo Mansur, Country Manager da Kuack Media. A mediação foi de Thiago Barbosa – Gerente de Produtos Digitais da CBN.
Para Washington Olivetto, tanto o rádio quanto o podcast, que se popularizou nos últimos anos – possuem capacidade singular de lidar com a instantaneidade e a imaginação do público se comparado aos demais meios de comunicação. “O rádio continua vanguarda por ter duas características imbatíveis: a instantaneidade e a capacidade de mexer com a imaginação das pessoas. Esse tipo de imaginação o rádio sempre vai ter e o podcast também. E isso bem produzido tem tudo para ser cada vez mais sucesso, seja para os anunciantes que apostaram nisso, seja para as agências que precisam de prestígio para trabalho criativo”, comentou Olivetto.
Para Márcia Menezes, o formato do áudio traz “uma temperatura do que está acontecendo” e mistura, no jornalismo, a informação com a “emoção e a verdade”. “A voz traz o componente do humano, da verdade. Fizemos uma pesquisa em 2020 no Brasil que mostra que os novos formatos de áudio entram muito nas áreas urbanas, especialmente Sudeste e capitais do Nordeste. Ele captura – seja jornalismo ou entretenimento – várias gerações, especialmente entre os jovens a partir de 15 e 16 fala muito com a população brasileira, com a classe C”, ressaltou.
Já na avaliação de Marcelo Kischinhevsky, o rádio se adaptou melhor ao ecossistema digital do que a televisão aberta no país. Ele avalia que o rádio está cada vez mais inserido na lógica multiplataforma ao passo em que está presente no smartphone, nas mídias sociais, na TV por assinatura e até nos smart speakers (assistentes de voz). “Uma das próximas tendências para os próximos anos, diz, será o formato de “rádio híbrido”, disse o professor.
Fonte: Tudo Rádio