Ter qualidade na transmissão de streaming é fundamental para manter a audiência e ter um diferencial quando o assunto é a concorrência. Afinal, ninguém aguenta aquele áudio que mais parece uma ligação telefônica distante. Por isso, é preciso estar atento desde a captação do sinal na máquina da rádio até a distribuição do sinal para os ouvintes. Esse processo envolve ter um bom computador e processador, estabilidade da internet e velocidade do sinal.
De acordo com o diretor da Fábrica Host, Rodrigo Garcia, a primeira orientação é ter um computador com sistema operacional que seja, no mínimo, um Windows 10, e que não tenha uso para acesso a sites ou redes sociais. Pode ser o mesmo da censura. Além de uma placa de som USB de qualidade e que receba o sinal da rádio em cabo blindado, para evitar interferências e ruídos.
Outra dica é processar o som antes do envio para o computador, para que a qualidade do sinal tenha a mesma qualidade do ar. “Um processador virtual como o Omnia, que transmite em AAC em 48 Kbps, por exemplo. Assim é possível unir qualidade de áudio e baixo consumo de dados”, explica.
Segundo Garcia, além de transmitir em AAC em 48Kbps, o diferencial é ter uma equalização do som adequada para cada tipo de dispositivo dos ouvintes. “Isso melhora ainda mais o produto final do áudio”, diz.
“Priorizar o som no online é essencial, já que o radiodifusor estará dividindo o mesmo espaço digital com plataformas como o Spotify e YouTube, que conseguem manter uma boa qualidade sonora”, afirma o diretor do portal tudoradio.com, Daniel Starck.
Segundo Starck, muitas emissoras acabam perdendo em qualidade de áudio e transmissão com medo que a conexão não aguente, mas hoje a conexão do ouvinte é mais estável. “Para que isso não ocorra com a rádio, basta ter uma conexão estável de internet com foco no equilíbrio entre upload e download, principalmente upload, já que no caso das emissoras os dados estão sendo enviados”, diz.
Rodrigo Garcia explica que também é importante trabalhar com softwares de transmissão atualizados. Além disso, garantir que o link de transmissão do servidor seja HTTPS, para não ficar fora do ar. “Esse link, que é o que trabalhamos, torna o sinal compatível com todas as novas regras de segurança dos navegadores e aparelhos. Com isso, a troca do link nos agregadores, aplicativos e sites se torna rápida e instantânea”, afirma.
“Trocamos e revisamos os links do streaming diariamente. As rádios que possuem os servidores mais confiáveis não ficam fora do ar. Se houver mudança técnica nem percebemos, porque existe estabilidade no transmissor”, afirma o diretor do tudoradio.com.
Para Daniel, o rádio perde audiência na internet por dois motivos: qualidade do conteúdo ou por não estar disponível em outras plataformas. “É importante cercar o ouvinte de todas as maneiras, sempre mantendo a qualidade. Por isso, quanto mais as rádios, associações, agregadores, serviços de streaming andarem juntos, melhor”, destaca.
Fonte: AERP