Terminou nesta quinta-feira, 1º, o prazo estabelecido pelo edital de 5G aprovado pela Anatel para o cadastro das estações profissionais na Anatel para que as empresas de radiodifusão possam entrar no programa da migração da banda C estendida (3.625-3.700 MHz) e convencional. A etapa é necessária porque esses equipamentos invariavelmente sofreriam interferências com a utilização do espectro para o serviço 5G, previsto para começar a ser utilizado nas capitais e Distrito Federal em julho de 2022. Mas há risco de subnotificações, na visão de operadoras satelitais.
As companhias e entidades que as representam fizeram campanhas junto a clientes radiodifusores para efetuar o cadastro das antenas receptoras, transceptoras e transmissoras que utilizam a faixa. A estimativa é de que sejam 30 mil estações profissionais no País, mas empresas estimam que pelo menos 12 mil já tenham sido cadastradas até a semana passada. Ou seja, haveria um déficit de cerca de metade.
O cronograma é considerado apertado pelo vice-presidente de desenvolvimento corporativo da América Latina na SES, Fabio Alencar. O edital aprovado pela Anatel deixou um período de 30 dias a partir da publicação do Acórdão para o cadastramento, que antes não era obrigatório – por isso ainda havia uma grande base que não havia repassado as informações. “Nos Estados Unidos, a campanha da FCC foi de mais de um ano, e isso para conseguir uns 10 a 15 mil, com muitos atrasados no último dia”, explica.