Mais da metade dos brasileiros já compartilhou notícias falsas sem saber, e três de cada quatro já foram atingidos por algum tipo de desinformação. A grande maioria desses dados inverídicos, em torno de 80%, circula por plataformas digitais, como Facebook e WhatsApp, abordando, via de regra, temas relacionados a política ou saúde.
As estatísticas, divulgadas pelo laboratório de segurança digital da PSafe, apontam que quem recebe essas informações de contatos conhecidos, como familiares, amigos próximos ou cônjuges, está mais propenso a acreditar nelas, compartilhando a mensagem sem realizar uma checagem prévia.
Com a continuação da pandemia e a chegada do período eleitoral, a tendência é que a circulação de notícias falsas aumente, alerta o laboratório.
Para verificar o conteúdo, especialistas sugerem atenção ao tom alarmista de títulos e parágrafos, conteúdo sensacionalista e a citação a especialistas desconhecidos ou ignorados na matéria, ou textos sem assinatura de autor. Antes de enviar um link adiante, é preciso conferir a credibilidade dos sites que o veiculam, além de checar datas e contextos.
Leitor responsável
Para coibir a disseminação de notícias falsas que prejudicam a lisura do processo eleitoral, a ABERT fez uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para apoiar o compartilhamento de informações verificadas e checadas com credibilidade. Desde o ano passado, o Tribunal vem publicando conteúdo educativo em relação ao pleito.
Para saber mais, acesse o site www.tse.jus.br
Rádio na pandemia
Diante da enxurrada de dados falsos em circulação, cresce a audiência e a confiança nos veículos profissionais de comunicação.
Durante encontro virtual realizado pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP), a diretora comercial da região sul e sudeste do Kantar IBOPE Media, Giovana Alcântara, destacou o aumento na audiência do rádio durante a crise sanitária internacional causada pelo novo coronavírus. Segundo ela, a expansão do meio se deve à capacidade de adaptação da mídia ao aumento contínuo de acessos digitais.
Do total de entrevistados, 78% se identificaram como consumidores de rádio. Na grande Curitiba (PR), o número salta para 83%, sendo que 81% de ouvintes continuam sintonizando pelo rádio comum
Nas 13 regiões metropolitanas brasileiras contempladas no estudo, o tempo médio de consumo diário também aumentou de 2h40 para 2h55. Entre os internautas, constatou-se que uma parcela significativa, de 57%, escuta rádio. E destes, 16% sintonizam alguma emissora enquanto navegam, o que indica público e oportunidades nos diversos formatos.
Segundo o ranking das 50 marcas mais valiosas na América Latina neste ano, metade delas anunciou em rádio, no primeiro semestre de 2020. Os destaques são os serviços ao consumidor, comércio, financeiro e securitário, que, juntos, concentram 68% do investimento.
Fonte: ABERT