A PwC, network de empresas independentes que estão presente em 158 territórios, com mais de 250 mil profissionais dedicados à prestação de serviços de qualidade em auditoria e asseguração, divulgou o resultado da 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2021-2025. No relatório foi apontado que o mercado de mídia e entretenimento no Brasil deve crescer 4,7% até 2025 e 5% ao ano. Em valores, o setor vai chegar a US$38 bilhões.
O levantamento realizado pela PwC analisou 14 segmentos do setor em 53 países. Segundo o relatório, a pandemia direcionou os gastos do consumidor brasileiro para o entretenimento dentro de casa: vídeos OTT e games foram os mais beneficiados e seguirão crescendo. Os gastos com internet devem crescer 4,4%, o consumo 4,3% e, com publicidade, 6%, retomando o ritmo pré-pandemia.
Entre os segmentos que foram analisados estão Consumo de Dados, Publicidade Digital e na TV, Vídeo OTT, Cinema, Acesso à Internet e Games. Em 2020, o Brasil cresceu menos que o mercado global pela primeira vez, e a previsão é de que só supere a média mundial novamente a partir de 2023.
Outra informação que também é importante é que, setores que foram amplamente afetados pela pandemia do coronavírus como shows e feiras de negócios, terão uma recuperação rápida de 20% ao ano, impulsionados pela vontade dos consumidores de fazerem atividades externas, após mais de um ano em casa, e devem atingir o mesmo nível de 2019. Já o cinema sofreu uma queda de 86% em receita, voltando a patamares de 2016, e só deve atingir os mesmos patamares de 2019 em 2024.
“O setor de mídia e entretenimento passa por desafios e incertezas em todo o mundo desde o início da pandemia. Por outro lado, também acelerou processos que já estavam em andamento, como digitalização e consumo de conteúdo online, e que vão colaborar para que essa recuperação nos próximos anos seja rápida”, afirma Ricardo Queiroz, sócio da PwC Brasil, em matéria publicada pelo Tela Viva.
Kantar IBOPE Media também prevê crescimento
O crescimento no investimento em mídia também foi previsto pela CEO da Kantar IBOPE Media, Melissa Vogel. A executiva apresentou uma análise completa sobre o mercado publicitário, como o comportamento das marcas durante a pandemia, mudanças de hábitos da população e o aumento do consumo de mídia durante o AESP Talks, encontro virtual realizado pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado São Paulo (AESP), realizado no fim de julho.
O rádio seguiu essa tendência de crescimento e, a partir de 2021, terá uma medição híbrida de sua audiência por parte da Kantar IBOPE Media, que passa a monitorar em tempo real o consumo de streaming das emissoras através da ferramenta Extended Radio.
Segundo a Kantar, o meio é ouvido por 80% da população, sendo um avanço de 2% na comparação com o dado de 2020. Outro ponto forte do meio é a credibilidade: avanço de 43% em apenas um ano. E 10% da população afirma ouvir rádio via web no Brasil.
Fonte: Tudorádio